Tomara Que N​ã​o Chova

by Concílio de Trento

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1.
Neblina 01:07
Nunca parei de notar tanta coisa fora do lugar Tanta derrota fez meu coração congelar E agora caio sem chegar ao chão Sem pensar no que seria bom ou não (A chuva não me molha e nós não nos achamos Porque temos visão e não enxergamos)
2.
Aprendi a viver depois de tantos erros Com relatos do passado revivendo nos meus olhos Não posso ser tão neutro quanto você Tenho a vida pra zelar, caráter a declarar As aparências enganam, enganados continuamos Crentes que está tudo por onde andamos Relações existem porque aprende-se a lidar Com os defeitos, malfeitos e efeitos sobre nós mesmos É preciso dar para receber É preciso crer pra se proteger É preciso amar pra não se devorar E é preciso ter pra não se arrepender Tomara que não chova Tomara que não chova Do que não vai assumir a autoria da desgraça Mas do que vai assumir a criação dos nossos sonhos Diante os estranhos nada vai ser como antes Eu fui um erro constante aclamado pelos amantes Precisei reconhecer as quatros fases da idade Junto as cores dessas dores, correnteza desses valores Rejuvenescido trago tudo pela verdade Agora posso encarar essa cidade Movido pelas águas, fervido sem cabeça Não olhos mais pra frente, só por cima da beleza Ouvido sem minha alma, servido sem cabeça Não olhos mais pra frente, só por cima da beleza É preciso dar para receber É preciso crer pra se proteger É preciso amar pra não se devorar E é preciso ter para não se arrepender
3.
Crises 05:19
Teve tanta pena que se deitou do meu lado Sai de perto, mandou vir buscar Fechou, caiu, já era, fugiu do seu aparato Tão sensato, abstrato, blá blá blá Não me siga, estou perdido Minha alma é o sacrifício Eu, animal, corro perigo Logo em dois meu inimigo Eu sou o herói, ninguém me salva Cara à tapa, morde e rasga Te acompanho até a cela Até onde o seu gosto seca Ladrão empresta a frustração da vida por um triz Você pode me mostrar o começo da cicatriz Aversão à utilidade, mesmo o novo não demora Só preciso mudar o começo dessa história Rosto sujo como o trapo e o sapato Como a grama e como o macaco Tão grande quanto um deus E tão pequeno como eu Não sei onde eu estou Não sei pra onde eu vou Só sei do que não sobrou E eu não sei porque me deixou Não sei onde tudo está Só sei do que vai acabar Malthusianamente recomeçar Fora de razão Infelizmente eu não faço o seu tipo Esquecido e inimigo Sou uma parábola real Que se tornou muito abismal Não sei onde eu estou Não sei pra onde eu vou Só sei do que não sobrou E eu não sei porque me deixou Não sei onde tudo está Só sei do que vai acabar Malthusianamente recomeçar Quantos milhões de espelhos eu ainda irei quebrar?
4.
Merovíngio 03:08
Um par de pílulas não vai me saciar Dois mundos nunca vão me mudar Espírito quebrado no meu corpo Tentáculos plantam seu veneno de novo Preso no limbo eu vejo você Vejo a fonte, vejo o sacrifício Cérebro sintético se multiplicando Esperado desde o início O que me faz real? O que te faz normal? O que me faz real? O que te faz normal? Quem não luta também não cai Não sabe o gosto da vitória Quem é você pra dizer O que eu devo ou não fazer? Qualquer dia, qualquer hora Qualquer coisa não demora Sua mente é o seu corpo Consumindo o seu escopo O que me faz real? O que te faz normal? O que me faz real? O que te faz normal? Humanos desertores da raça Joguei fora meu olhar e sua graça Desequilíbrio, fracasso, dúvida, desgasto É assim que a história termina? Recomponho meus pedaços, sem tempo nem compasso Nem tudo é só neblina Humanos desertores da raça Joguei fora meu olhar e sua graça
5.
Construção durante guerra Vá por esse caminho sem volta Um passeio de domingo Que se vê pela janela A singularidade da imposição A divergência nula da dissimulação Minha vida já se faz diferente De tudo o que aquilo que já é existente Esse sou eu Que não faz nada da vontade Vamos apenas morrer juntos Na fase nula da verdade Eu não sou o fim Eu não sou tão mau assim Tão pouco que me faz entender Como o que não há em mim Eu só quero viver, e poder me meter Em cada vida que aparecer Eu só quero viver e poder vencer Cada problema que aparecer Que me deixam anormal Frio total, irreal A vida tem que ser Mais do que isso Não te dou mais nada Além do você já tem Eu não conheço o fim Só quero poder ir além Só quero poder ir além Só quero poder ir a- Além
6.
Lutar 03:28
Estabeleça a sua meta, busque um novo caminho Pense no que te foi dado, lembre que não está sozinho Não há como consertar os erros que tu cometeu Essa é a segunda chance que ele te concedeu Escreva sua nova história baseada no passado Mostrará pra todo mundo o quanto estavam errados Não cometa os mesmos erros e recupere o que perdeu E quem cruzar o seu caminho Se fodeu No campo de batalha O sangue escorre pelo chão E não vê mais a luz do sol Agora que está pronto pra encarar outra batalha Enquanto ele usa a faca velha use sua nova navalha Depois do primeiro corte tudo ficará mais fácil Dor não incomoda mais, a sede o torna mais ágil Toda aquela ambição se consagrou realidade A plenitude, consequência de sua atuação Imersos em tanta guerra sem encontrar uma saída O que me fez esperar pra lutar pela minha vida Escreva sua nova história baseada no passado Mostrará pra todo mundo o quanto estavam errados Não cometa os mesmos erros e recupere o que perdeu E quem cruzar o seu caminho Se fodeu No campo de batalha O sangue escorre pelo chão E não vê mais a luz do sol Se fodeu

credits

released May 20, 2018

Produzido, Gravado, Mixado e Masterizado por Cássio Zambotto
Capa por Erildo Vitor
Todas as faixas por Concílio de Trento

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Post-Hardcore from Natal, Brazil.

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